A relação do brasileiro e o dinheiro é tão diversa quanta a nossa cultura. Ao mesmo tempo que os consumidores adoram uma novidade, eles também mantém velhos hábitos.
E com tantas mudanças, os comportamentos de consumo também são afetados.
E sabe por que entender essas transformações é importante para todo varejista? Por que são elas que indicam o que o negócio precisa ter para crescer cada vez mais.
Nós da Sled sabemos muito bem como inovar é fundamental. Afinal de contas, a inovação está em nosso DNA.
E no artigo de hoje vamos fazer um “diagnóstico” sobre essa relação, que já adiantamos, é quase de “tapas e beijos”.
5 dados para entender a relação do brasileiro e o dinheiro
O dinheiro é sempre uma pauta entre os brasileiros. Não é a toa que temos tantas músicas que falam sobre o dindin.
É claro que não podemos deixar de levar em consideração que o nosso Brasil é gigantesco, e que os comportamentos podem mudar muito de Norte a Sul.
Mas existem alguns dados que mostram como alguns hábitos são nacionais e que precisam ser levados em consideração na hora de tomar decisões no seu negócio. Então vem com a gente entender a relação do brasileiro e o dinheiro.
1. Dinheiro em espécie ainda é o meio mais utilizado
Desde que a Era Digital* começou a dar seus primeiros passos se fala em “fim do dinheiro”. Mas a verdade é que ele continua bem “vivo” e é o número um na hora das compras.
De acordo com a pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro” (2018), do Banco Central (BC), cerca de 96% priorizam o pagamento em espécie. E existem vários motivos por trás dessa escolha.
O primeiro é que esse tipo de meio acaba facilitando o controle da vida financeira, uma vez que o consumidor visualiza na hora o quanto está gastando. Outro fator que contribui para essa preferência, e que os varejistas conhecem bem, é a facilidade para conseguir descontos.
Quem nunca ouviu de um cliente “Se eu pagar no dinheiro tem desconto?”, não é mesmo? Por isso inclusive que o próprio comércio também prioriza essa forma de pagamento.
2. Entesouramento ainda é um hábito
Entesouramento é o ato de guardar moedas que é muito comum entre os brasileiros. Seja no porquinho, no carro, na carteira ou no bolso, os consumidores fazem questão de ter cada centavo.
Segundo a pesquisa do BC, cerca de 54% dos consumidores carregam moedas consigo para pequenas compras e até mesmo facilitar o troco (apesar de nós sabermos que mesmo assim sempre falta moedinhas). Além disso, 26% também guardam moedas em casa ou no trabalho.
E é justamente esse hábito que já tirou de circulação cerca de 35% das moedas emitidas no Brasil.
Olhando em um primeiro momento parece que o hábito está diretamente ligado ao ato de economizar. Mas se colocarmos uma lupa sobre o assunto, percebemos que ele acaba gerando mais prejuízo para o consumidor e também para o varejo.
Começando pelo fato que essa retenção é um dos fatores para que mais de 61% dos varejistas sofre com a falta de moedas. E quer saber um fato curioso? Cerca de 4% dos consumidores não faz ideia de onde os troquinhos vão parar, eles simplesmente somem!
3. A boa e velha pesquisa de preços nunca sai de moda
Quer uma prova que a relação do brasileiro e o dinheiro evoluiu, mas mantendo alguns hábitos tradicionais? A boa e velha pesquisa ainda é uma prática da grande maioria.
No caso dos consumidores que compram em lojas físicas, cerca de 72% utilizam essa estratégia para economizar. Já no comércio eletrônico esse número sobe para 97%.
E com a pandemia esse hábito se fortaleceu ainda mais. Muita gente teve que apertar o orçamento para fazer o dinheiro durar.
Consequentemente, as decisões de compras se tornaram mais sensíveis, uma tendência que deve permanecer no pós-pandemia.
4. Temos diferentes perfis quando o assunto é “grana”
Não dá para colocar todos os brasileiros dentro de um único grupo quando o assunto é relação com o dinheiro. Na verdade, de acordo com um estudo da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), existem cinco perfis.
Em primeiro lugar está o Construtor, que representa 30% da população. Essa é aquela parcela dos brasileiros que sempre poupa, até os centavinhos, e que considera que pequenas conquistas materiais são investimentos.
Logo em seguida vem o Camaleão, que como diria o Faustão se vira nos 30 para se garantir em qualquer situação. Cerca de 29% dos cidadãos se enquadram nesse perfil que se destaca principalmente por sempre estar no limite dos gastos, e muitas vezes opta por alternativas de crédito, como os cartões, para garantir que a conta feche no final do mês.
Também temos o perfil Planejador, que se mostra em crescimento no Brasil, correspondendo a 22% da população, seguido do Despreocupado (11%) e do Sonhador (6%).
5. Dinheiro é preferência, mas não única opção
Sim o dinheiro em espécie é o queridinho da galera, mas outras alternativas também têm ganhado espaço dentro dos comportamentos dos consumidores!
Os meios de pagamento digitais, como QR Codes, carteiras digitais e apps, por exemplo, já vinham registrando um excelente crescimento. Mas foi com a pandemia que houve um grande boom.
De acordo com uma pesquisa da Capterra, houve um aumento de 36% no uso dessas alternativas desde o início da pandemia. E dentre aqueles consumidores que já utilizam uma carteira digital, 96% afirma que vai continuar a usar a opção mesmo no pós-pandemia.
E essa é uma tendência que você, varejista, precisa ficar de olho. O dinheiro não vai acabar, mas não se pode negar que as inovações também têm seu espaço no mercado.
E oferecer alternativas como a possibilidade do cliente pagar com a wallet, via PIX ou até mesmo receber os troquinhos de maneira digital pode ser o passo decisivo para o futuro do seu negócio.
O varejo está em constante movimento, e você pode acompanhar esse ritmo, modernizando as suas operações e ao mesmo tempo simplificando cada processo.
*A Era Digital é o período após a década de 1980, apesar de suas bases terem se fortalecido no início do século XXI. O termo é utilizado para designar os grandes avanços tecnológicos como a internet, computadores, smartphones, processadores entre outros.
Assuntos
Praticidade
Comentários